sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Rio Resiliente: Áreas Verdes Urbanas


       O curta-metragem “Rio Resiliente: Áreas Verdes Urbanas” produzido pela MULTIRIO (Empresa Municipal de Multimeios da Prefeitura do Rio de Janeiro, que desenvolve produções educativo-culturais voltadas à comunidade escolar e de cidadãos) publicado no dia 6 de março de 2015 e com duração de aproximadamente 15 minutos, aborda um tema que deveria ser de conhecimento de toda a população: a importância de regiões específicas para a valorização da natureza, quais sejam, as áreas verdes inseridas nas cidades. Um dos seus objetivos é explicar como estas vegetações são necessárias por trazerem diversos benefícios socioambientais, utilizando dois exemplos: o Aterro do Flamengo e a Floresta da Tijuca. O benefício mais fácil de ser percebido é o estético, ou seja, o contraste da coloração dessas áreas aos cinzas das construções urbanas.
         No entanto, o documentário aborda outros benefícios – tão importantes quanto a estética nas cidades – que estas áreas proporcionam, sendo estes a absorção de calor do ar e umidificação da atmosfera, servindo também como parâmetros para se medir a vulnerabilidade da região, por exemplo, atuando no controle da poluição do ar e acústica, interceptação das águas das chuvas no subsolo reduzindo o escoamento superficial, proteção de nascentes e mananciais, valorização ornamental e visual do ambiente (BARGOS; MATIAS, 2011). Isto porquê a resiliência das cidades aos eventos climáticos, ou seja, sua capacidade de resistir a estes, por exemplo, está diretamente relacionada às suas áreas verdes, inclusive na questão das enchentes durante as chuvas.
            De maneira simples, o curta aborda a importância de os seres humanos aprenderem a conviver com a natureza, percebendo e desenvolvendo a consciência de que fazem parte dela. Isso ocorre a partir da propagação do conhecimento obtido por autoridades e, principalmente, pesquisadores. Enfatizando que a manutenção destas áreas afeta diretamente a qualidade de vida da população através das funções sociais que exercem, estéticas, ecológicas e educativas. (BARGOS; MATIAS, 2011)
        Telhados e calçadas verdes vêm sendo utilizados como estratégias benéficas de manutenção destas áreas nas grandes cidades, aumentando a demanda de espaço para tal e aumentando a permeabilização do solo. O objetivo é que estes novos espaços atuem capturando água da chuva, reduzindo a carga no sistema de drenagem, melhorando a qualidade do ar e diminuindo os custos com água e energia. 
        Trazendo como exemplo a Escola Parque do Rio de Janeiro, onde há a utilização de telhado verde e um local chamado de “Casa Sustentável para a Educação Ambiental dos alunos”, o curta-metragem aborda a importância desse tipo construção sustentável como estratégia para a sensibilização dos estudantes para as questões ambientais, proporcionando aos futuros tomadores de decisão o conhecimento de que é possível um desenvolvimento que atenda a demanda social por moradias de forma menos agressiva ao meio.
          Dessa forma, o documentário apresenta características positivas para ser trabalhado dentro do contexto escolar, a fim de desenvolver o tema com os alunos e estimulá-los a pensar de maneira visando a sustentabilidade, principalmente por levantar questionamentos acerca do modelo construtivo de cidade que se tem atualmente, em termos da degradação da qualidade ambiental que proporciona e, deste modo, levantar alternativas para o desenvolvimento de cidades sustentáveis do ponto de vista social, ambiental e econômico.



Referências Bibliográficas

BARGOS, Danúbia Caporusso; MATIAS, Lindon Fonseca. ÁREAS VERDES URBANAS: UM ESTUDO DE REVISÃO E PROPOSTA CONCEITUAL. Revista Soc. Bras. de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 6, n. 3, p.172-188, 15 set. 2011. Disponível em: <http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo169-publicacao.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2017.